agosto 14, 2004

... a ti Hécate!

23 maio 99

....hoje estou sozinho como nunca estive ... o intimo e inconvidado ser que em mim habita, aquele que constrange e depaupera a minha existência absorta de incompreendidas lembranças, para longe se ausentou para me provocar saudade ... meu pensamento outonou perante a melancolia de cada folha caída no seu adeus ... por mais fútil que esse me pareça, um adeus nunca será indiferente a uma sensação que mais se assemelha a um perder de afecto! O que mais temo na solidão não é o estar sozinho... é o acostumar de um desprezo que não reconhece em mim outra consolação que não seja o mesmo pensar alto de andromedas noites ... hoje penso como nunca pensei... da inconstância de emoções à sua cruel e desmedida ausência, dos longos momentos de desespero ao abismo em que a cada respirar ameaçava mergulhar .... eu sobrevivi a mim próprio ... à morte do afecto ... luar peregrino num olhar sem céu ... "Eos" acaricia o meu adormecer lento e penoso enquanto recordo o quão recheada de ternura é essa tua preocupação pelo não dormir....

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